Conheça o modelo de autoprodução de energia
21 de março de 2024Imagina os benefícios que uma companhia pode obter ao gerar a própria energia, escolhendo o tipo de geração, o local, a dimensão, entre outros quesitos que somente um modelo autônomo poderia proporcionar? A boa notícia é que essa realidade está ao alcance para um número cada vez maior de empresas.
Esse poder de escolha traz a possibilidade de se aliar a uma agenda global comprometida em diminuir os impactos climáticos e contribuir para a meta de zero emissões de carbono até 2050, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), além de proporcionar economia nos custos de energia. Diante disso, a autoprodução tornou-se uma alternativa promissora. Isso porque essa prática permite que indústrias e grandes consumidores façam sua própria gestão da energia, reduzindo sua dependência das fontes tradicionais e contribuindo para um futuro mais limpo e sustentável, já que a maioria dos projetos é realizada a partir de fontes renováveis.
O Caio Camacho, Especialista de Front Office da Ibitu, preparou um artigo exclusivo para explicar melhor sobre como essa modalidade funciona, já que é um dos produtos oferecidos pela Ibitu. Vale a pena conferir!
O que é autoprodução de energia?
A autoprodução de energia refere-se à capacidade de produzir eletricidade pelo próprio consumidor para atender à necessidade total ou parcial do consumo, muitas vezes escolhida a partir de fontes renováveis, como energia solar, eólica e hidrelétrica.
Ela pode ser feita de duas formas: a primeira é in situ (contígua), em que a geração ocorre no mesmo local de consumo e sem a necessidade de utilização do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o transporte da energia elétrica; ou quando a geração está em local distinto do consumo, modalidade chamada de remota, em que se torna necessário o uso do SIN para transmissão/distribuição.
Vantagens da autoprodução de energia
Para boa parte dos negócios, especialmente os da área industrial, a energia representa uma de suas principais despesas e, por isso, saber usá-la de forma inteligente tem um impacto enorme na competitividade. Assim, vale a pena conhecer os principais benefícios da autoprodução de energia:
- Sustentabilidade: uma das principais vantagens da autoprodução é a utilização de projetos sustentáveis. As fontes de energia renovável contribuem para a diminuição do uso de combustíveis fósseis, mitigando o impacto das mudanças climáticas.
- Economia financeira: a autoprodução pode resultar em economia a longo prazo. Embora exija investimento inicial em tecnologias de autoprodução, ao longo do tempo, a redução das contas de energia compensam esses custos iniciais.
- Autonomia energética: ao produzir sua própria energia, as organizações reduzem suas dependências de fontes de energia externas, tornando-se mais resistentes à volatilidade do mercado de energia e ao risco de contratação.
- Incentivos: um dos principais benefícios da autoprodução são os abatimentos de encargos setoriais, principalmente a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o Encargo de Energia de Reserva (EER) e os Encargos de Serviços do Sistema (ESS). Na maioria dos casos, esses abatimentos são relevantes e aumentam a competitividade para o negócio do autoprodutor. Outras vantagens são a previsibilidade financeira e a sustentabilidade ambiental que o projeto traz.
Fontes de autoprodução de energia
Existem diversas formas de realizar a autoprodução de energia. Aqui, listo as principais e mais vantajosas delas:
- Energia solar: Os painéis solares fotovoltaicos convertem a luz do sol em eletricidade. Eles são uma das tecnologias mais populares para autoprodução de energia devido à abundância de luz solar em muitas regiões.
- Energia eólica: turbinas eólicas geram eletricidade a partir da energia cinética do vento. São ideais para áreas com ventos consistentes.
- Cogeração: esse sistema produz eletricidade e calor simultaneamente, aproveitando ao máximo a energia gerada a partir de combustíveis ou biomassa.
- Hidrelétricas: em regiões com recursos hídricos adequados, pequenas usinas hidrelétricas podem gerar eletricidade de forma sustentável.
Alguns modelos de autoprodução
De forma geral, para se tornar um autoprodutor, o consumidor pode adquirir 100% de um parque gerador de energia ou pode ingressar em dois modelos: o de equiparação ou o de arrendamento.
- Modelo por equiparação: o autoprodutor decide ingressar em uma sociedade, passando a deter uma parte de um ativo de geração e assumindo todos os compromissos definidos entre os sócios.
- Modelo por arrendamento: o autoprodutor define uma parceria com terceiros, geralmente, como o próprio nome diz, por meio de acordos de arrendamento. Nesse caso, o autoprodutor não é proprietário dos ativos de produção (embora detenha a outorga da usina), mas pode usá-los para a produção de energia .Existe a necessidade de contratos mais complexos de O&M e arrendamento do ativo de geração.
A escolha entre esses modelos depende das circunstâncias específicas de uma empresa, incluindo seus recursos financeiros, sua expertise técnica, sua estratégia de negócios e seus objetivos de produção.
Como se tornar um autoprodutor de energia?
Minha primeira dica é sempre buscar um grande gerador que tenha potencial para sustentar o projeto. Também é fundamental oferecer a possibilidade de uso de energia 100% renovável, hoje uma condição cada vez mais determinante para o enfrentamento dos efeitos climáticos e que ainda é incentivada por descontos no uso do sistema de distribuição e encargos.
A Ibitu preenche esses pré-requisitos, já que é uma das maiores geradoras e comercializadoras de energia 100% renovável do país, contando com 745 MW de capacidade instalada. E estamos com cada vez mais possibilidades de adesão
a modelos mais sustentáveis, econômicos e eficientes de consumo de energia.
Cada modelo de autoprodução tem suas vantagens e desvantagens, e a decisão final geralmente é baseada em uma análise cuidadosa dos custos, benefícios e riscos associados a cada abordagem.
Clique aqui, preencha com seus dados e assim que possível entrarei em contato diretamente com você!
Caio Camacho
Especialista de Front Office da Ibitu