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O papel das renováveis frente às mudanças climáticas

21 de julho de 2023 O papel das renováveis frente às mudanças climáticas

O mundo vem sentindo os efeitos das mudanças climáticas de forma cada vez mais rápida e intensa. Essa é uma realidade posta que exige uma verdadeira força-tarefa mundial para a redução desses efeitos, que está diretamente relacionado, entre outros fatores, com a emissão de gases de efeito estufa, especialmente o carbono.

Por outro lado, o investimento em geração de energias renováveis tem o enorme potencial para diminuir significativamente essas emissões e contribuir para a redução de impactos. 

É o caso da Ibitu, uma empresa cuja estratégia está totalmente estabelecida sobre os pilares de ESG (Ambiental, Social e Governança Corporativa), atua exclusivamente com energias renováveis e segue crescendo de forma sustentável e fortalecida.

Para falar um pouco mais sobre o tema, convidamos nossa Coordenadora Ambiental,  Carolina Cordeiro, que desenvolveu este artigo abaixo sobre a relação das energias renováveis e seu papel diante das mudanças climáticas. Confira!

Energias renováveis: a solução-chave no combate das mudanças climáticas

Alterações extremas de temperatura, aumento do nível do mar, enchentes, ciclones, ondas de calor, secas severas, alteração do fluxo dos rios, aumento de doenças e problemas de saúde são alguns dos efeitos provocados pelas alterações dos padrões de clima e temperatura no planeta, mais popularmente conhecido como “mudanças climáticas”.

Por outro lado, diversificar a matriz energética nacional, com foco nas energias renováveis, e regulamentar o Mercado de Carbono são algumas das alternativas que nos abrem diversas oportunidades para um crescimento apoiado em atividades menos impactantes.

Como caminhamos nesse processo?

Nas últimas décadas, tivemos grandes avanços no setor de geração de energia, expandindo e diversificando a nossa matriz de geração por fontes renováveis em todo o país, com destaque para as fontes solar e eólica, e ainda abrindo espaço para novas tecnologias, como o hidrogênio verde. 

Em julho de 2023, por exemplo, o Brasil ultrapassou a marca de 32 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, alcançando o equivalente a 14,7% da capacidade instalada, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Já quanto à eólica, até fevereiro do mesmo ano, o Brasil somou 25,04 GW de capacidade instalada em operação comercial, respondendo por 20% da geração de energia que o país precisa, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Também vale destacar a importância do Brasil como um dos maiores produtores de biocombustíveis do mundo, como o etanol e o biodiesel. 

A força das renováveis no Brasil

Expandir e diversificar a matriz energética brasileira, com foco nas energias renováveis, contribuirá tanto para aumentar a segurança energética do país como para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. 

O Brasil já possui diversas vantagens climáticas e ambientais para essa expansão, como um potencial de geração de energia eólica gigante e sol 365 dias ao ano em algumas regiões. E, aqui na Ibitu, aproveitamos bem os recursos, já que temos um portfólio diversificado com energia renovável de fontes solar, eólica e hidrelétrica.

O país também conta com abundância em recursos, como biomassa e biocombustíveis, que são essenciais para a produção de energia por hidrogênio verde, uma fonte renovável que vem sendo apontada no mundo todo como grande promissora.

Desafios e possibilidades

Para ampliar a participação de outras fontes renováveis na matriz energética do Brasil, será necessário planejamento, investimento, regulamentação e incentivo à implantação de indústrias especializadas. Nesse sentido, desde 2009, o país vem dando importantes passos, tanto para a diversificação da matriz energética como para a regulamentação do mercado de carbono.

Entre os exemplos, podemos destacar a criação da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), que busca, entre outros objetivos, implementar medidas para a adaptação às mudanças do clima; e mais recentemente, em 2022, a publicação do Decreto que regulamenta a PNMC e cria o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões, contribuindo ainda mais para fomentar diversas iniciativas de redução de emissões.

Áreas preservadas também são de grande relevância no combate às mudanças climáticas. Isso porque elas ajudam, de forma substancial, na remoção dos Gases de Efeito Estufa (GEEs), melhorando as chances de controle do aquecimento global e minimizando impactos.

Ou seja, ajudar a preservar essas áreas e fortalecer a sua estrutura são ações de extrema importância que podem ser apoiadas por meio de recursos obtidos da implantação de novos projetos de energias renováveis. 

Um bom exemplo disso é a aplicação dos recursos da compensação ambiental do Complexo Solar Caldeirão Grande 2, localizado na cidade de Caldeirão Grande, no Piauí. Foram cerca de 3,7 milhões de reais totalmente revertidos para o apoio na criação de Unidades de Conservação no estado, como o Parque Estadual do Rangel, o Monumento Natural do Itans e o Parque Estadual Santo Antônio.

Um compromisso de todos

Conter as mudanças climáticas também exige o apoio a uma economia de baixo carbono, envolvendo o trabalho conjunto de governos, comunidade e setor privado. No caso da iniciativa privada, mais do que o compromisso de zerar emissões de GEEs, é necessário adotar ações efetivas. 

A transição energética para fontes renováveis é uma medida que apresenta menos riscos e menor impacto ambiental. Com isso, a regulamentação do Mercado de carbono também é uma excelente forma de permitir que esse setor faça as compensações das suas emissões.

 Além disso, as compras de créditos, o pagamento para a proteção de áreas ameaçadas, bem como a restauração de áreas degradadas são algumas dessas possibilidades que a regulamentação pode proporcionar.

Portanto, é importante que todos os setores da sociedade ajam em prol da mitigação das mudanças climáticas, reduzindo riscos ambientais e sociais. E a Ibitu segue cumprindo esse compromisso com êxito, atuando exclusivamente com fontes renováveis na geração de energia, expandindo sua capacidade, contribuindo para um futuro cada vez mais sustentável.

E você, como está praticando o ESG?

Carolina Cordeiro

Coordenadora Ambiental na Ibitu

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